Escolas matam a fome

Serve este post para completar o de ontem, sobre viagens fantásticas ao alcance de quem as puder pagar. Li no Correio da Manhã que há cada vez mais crianças a chegar à escola com fome, particularmente à 2.ª feira, depois de dois dias em casa. A Câmara Municipal de Sintra começou um programa de apoio há uma semana, abrindo as cantinas escolares também ao fim-de-semana e o número de inscrições quase duplicou numa semana. Noutros pontos do país, a situação é idêntica. Não posso deixar de me interrogar: que mundo é este em que vivemos? Que país é este que construímos? 35 anos depois de uma Revolução que prometia trazer-nos o desenvolvimento, além da democracia, é este o estado em que estamos? Em que andaram os nossos políticos entretidos, além do seu próprio bolso? Também não posso deixar de fazer outra pergunta: depois de terem sido tão maltratados, ainda é com as escolas e os professores que a sociedade conta, quando se vê em situações de carência? Estranho país este!

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