Brexit...


E pronto, a Grã-Bretanha lá decidiu abandonar um espaço onde nunca esteve de coração, a União Europeia. Mesmo que não tivesse nenhuma ideia definida sobre o assunto (o que não é o caso), bastar-me-ia ver quem festejou os resultados do referendo inglês para temer pelo nosso futuro coletivo. Começando em Donald Trump e acabando em Marine Le Pen, passando por todos os partidos europeus, pequenos ou grandes, que não partilham dos ideais europeístas. Os extremistas e nacionalistas exultam... e o discurso demagógico vai ganhando terreno. Quando é que já vimos isto?
Há muitas questões em cima da mesa, que vão da economia à situação de regiões como a Escócia, a Irlanda, Gibraltar. Há o pano de fundo do discurso xenófobo ligado à imigração e aos refugiados. Haverá com certeza muitas coisas inesperadas nos próximos tempos. E, de repente, o nosso mundo já não parece o mesmo...
A União Europeia tem estado de costas voltadas para os problemas concretos dos cidadãos europeus. Tenho alguma esperança que este Brexit sirva de despertador para os outros vinte e sete estados e que a União Europeia se fortaleça, em vez de se fragmentar e soçobrar. Em todo o caso, penso que a União, melhor ou pior, lá fará o seu caminho.
Talvez o Reino Unido se desintegre mais depressa do que a União Europeia. E o tal Dia da Independência não passe do canto de cisne do grande Império Britânico!




Comentários

  1. Concordo contigo : A U. E. tem ignorado os interesses e necessidades de cada país.
    Talvez abra osolhos agora.
    Mas não partilho da tua opinião sobre a desintegração do Reino Unido, embora um ou dois dosseus elementos possam escapar-se.

    Um beijo amigo, Teresa.

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  2. E há também os apetites da oligarquia russa, com Putin à cabeça.
    A situação não augura nada de bom. Nem para para a Grâ-Bretanha, nem para a Europa e especialmente para Portugal, (ainda) dentro dela: um Portugal pequenino, connosco perdidos num mundo em desconserto, e o pior dos males cá dentro, para tantos e tantos, velhos e novos, com a miséria a espreitar ou já imersos nela. Sendo certo que há muitos séculos nunca miséria alguma nos destruiu. Em resiliência e capacidade de sofrimento, somos (in)felizmente fortes. Nunca vencemos claramente, em favor de nós próprios. Mas também nunca desistimos.
    Vamos ver, vamos ver.

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    1. Sim, a Rússia está novamente a fazer um jogo perigoso...
      Quanto a Portugal, somos resilientes, sim, melhor ou pior cá continuaremos!

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  3. O mundo todo de olhos voltados para o que vem por aí.
    Com tantos problemas no meu Brasil Teresa essa troca de lugares é irrelevante diante do que temos que enfrentar aqui.
    Torço para a paz e o entendimento entre as nações.
    um abraço grande

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    1. Verdade Lis, vocês estão aí com um problema gigantesco, sem solução à vista!
      Um beijinho

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